BUSCANDO A SANTIDADE DE MARIA NA OBEDIÊNCIA DO SIM.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Festa de Corpus Christi


Corpus Christi é uma festa ao Corpo de Cristo. É uma data adotada na Igreja Católica, para comemorar a presença real de Jesus Cristo no sacramento da Eucaristia, pela mudança da substância do pão e do vinho na de seu corpo e de seu sangue.
A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao século XII. A Igreja sentiu necessidade de realçar a presença real do “Cristo todo” no pão consagrado. Esta necessidade se aliava ao desejo do homem medieval de “contemplar” as coisas. Surgiu nesta época o costume de elevar a hóstia depois da consagração. Disseminava-se uma controvertida piedade eucarística, chegando ao ponto das pessoas irem à igreja mais “verem” a hóstia do que para participarem efetivamente da eucaristia.
A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula ‘Transiturus’ de 11 de agosto de 1264, para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes. O Papa Urbano IV foi o cônego Tiago Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de Liège na Bélgica, que recebeu o segredo das visões da freira agostiniana, Juliana de Mont Cornillon, que exigiam uma festa da Eucaristia no Ano Litúrgico.
Juliana nasceu em Liège em 1192 e participava da paróquia Saint Martin. Com 14 anos, em 1206, entrou para o convento das agostinianas em Mont Cornillon, na periferia de Liège. Com 17 anos, em 1209, começou a ter ‘visões’, (que retratavam um disco lunar dentro do qual havia uma parte escura. Isto foi interpretado como sendo uma ausência de uma festa eucarística no calendário litúrgico para agradecer o sacramento da Eucaristia). Com 38 anos, em 1230, confidenciou esse segredo ao arcediago de Liège, que 31 anos depois, por três anos, será o Papa Urbano IV (1261-1264), e tornará mundial a Festa de Corpus Christi, pouco antes de morrer. A ‘Fête Dieu’ começou na paróquia de Saint Martin em Liège, em 1230, com autorização do arcediago para procissão eucarística só dentro da igreja, a fim de proclamar a gratidão a Deus pelo benefício da Eucaristia. Em 1247, aconteceu a 1ª procissão eucarística pelas ruas de Liège, já como festa da diocese. Depois se tornou festa nacional na Bélgica.
A festa mundial de Corpus Christi foi decretada em 1264, 6 anos após a morte de irmã Juliana em 1258, com 66 anos. Santa Juliana de Mont Cornillon foi canonizada em 1599 pelo Papa Clemente VIII.
O decreto de Urbano IV teve pouca repercussão, porque o Papa morreu em seguida. Mas se propagou por algumas igrejas, como na diocese de Colônia na Alemanha, onde Corpus Christi é celebrada antes de 1270. O ofício divino, seus hinos, a seqüência ‘Lauda Sion Salvatorem’ são de Santo Tomás de Aquino (1223-1274), que estudou em Colônia com Santo Alberto Magno. Corpus Christi tomou seu caráter universal definitivo, 50 anos depois de Urbano IV, a partir do século XIV, quando o Papa Clemente V, em 1313, confirmou a Bula de Urbano IV nas Constituições Clementinas do Corpus Júris, tornando a Festa da Eucaristia um dever canônico mundial. Em 1317, o Papa João XXII publicou esse Corpus Júris com o dever de levar a Eucaristia em procissão pelas vias públicas.
O Concílio de Trento (1545-1563), por causa dos protestantes, da Reforma de Lutero, dos que negavam a presença real de Cristo na Eucaristia, fortaleceu o decreto da instituição da Festa de Corpus Christi, obrigando o clero a realizar a Procissão Eucarística pelas ruas da cidade, como ação de graças pelo dom supremo da Eucaristia e como manifestação pública da fé na presença real de Cristo na Eucaristia.
Em 1983, o novo Código de Direito Canônico – cânon 944 – mantém a obrigação de se manifestar ‘o testemunho público de veneração para com a Santíssima Eucaristia’ e ‘onde for possível, haja procissão pelas vias públicas’, mas os bispos escolham a melhor maneira de fazer isso, garantindo a participação do povo e a dignidade da manifestação.
A Eucaristia é um dos sete sacramentos e foi instituído na Última Ceia, quando Jesus disse :‘Este é o meu corpo…isto é o meu sangue… fazei isto em memória de mim’. Porque a Eucaristia foi celebrada pela 1ª vez na Quinta-Feira Santa, Corpus Christi se celebra sempre numa quinta-feira após o domingo depois de Pentecostes.


Fonte: blog.cancaonova/elianaribeiro





Pentecoste

“Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (At 2, 1-4). 
“Na tarde do mesmo dia, que era o primeiro da semana, os discípulos tinham fechado as portas do lugar onde se achavam, por medo dos judeus. Jesus veio e pôs-se no meio deles. Disse-lhes ele: “Paz a vós! Shalom!” Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se ao ver o Senhor. Disse-lhes outra vez: ‘A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós.’ Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: ‘Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos’ ” (Jo 20,19-23).

Pentecostes, do grego, pentekosté, é o qüinquagésimo dia após a Páscoa. Comemora-se o envio do Espírito Santo à Igreja. A partir da Ascensão de Cristo, os discípulos e a comunidade não tinham mais a presença física do Mestre. Em cumprimento à promessa de Jesus, o Espírito foi enviado sobre os apóstolos. Dessa forma, Cristo continua presente na Igreja, que é continuadora da sua missão.
"Vinde Espírito Santo encheis os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor, enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra".


Vivamos o pentecoste em nossas vidas diariamente.

O Sim de Maria

Maria Era Obediente porque era humilde.



São Paulo diz que "por meio de só homem o pecado entrou no mundo, e pelo pecado, a morte". (Rm 5,12). E que: "pela desobediência de um só homem, todos se tornaram pecadores, assim, pela obediência de um só, todos se tornarão justos". (v.19). Mas a desobediência de Adão foi precedida pela de Eva; por isso Deus precisou de uma Nova Eva que lhe fosse obediente, e como disse Santo Irineu, pela sua obediência "dessatasse o nó da desobediência de Eva". Essa nova Eva é Maria.
Jesus, pela Sua obediência ao Pai, desatou o nó da desobediência de Adão. " Foi obediente até a morte e morte de cruz" (Fl 2,6-8). Esse "aniquilamento" de Jesus desatou o nó da soberba e da desobediência de Adão.
Eva disse "não" a Deus , Maira lhe disse um "sim" incondicional. Quando o Arcanjo Gabriel lhe anunciou que ela era a "eleita de Deus", sua resposta foi imediata: "Eu sou a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a sua palavra!"(Lc 1,38). Essas palavras de Maria monstram uma obediência radical a Deus, independentemente do que Deus pudesse querer para ela. Obediência perfeita. Foi como se entregasse um cheque em branco nas mãos de Deus. Estava destruído o "não" de Eva; o Verbo de Deus poderia então se encarnar para salvar a humanidade. Maria era obediente porque era humilde, a mais humilde mulher que Deus encontrou em Israel. E durante toda a sua vida ela foi fiel ao "sim" que deu a Deus. Não viveu para si, mas apenas para Deus. De imediato foi servir a Isabel que esperava o grande profeta João Batista, o precursor do Senhor, foi submissa a José, ofereceu seu Filho no Templo, como mandava a Lei de Moisés, e logo ouviu a terrível profecia de Simeão que uma espada de dor transpassaria a sua alma. Maria viveu obediente sob o anúncio dessa espada; sabia que sua vida não seria fácil. Logo teve de fugir com José para o Egito para livrar o menino das garras de Herodes; deixou sua casa, seu país, e foi para o exterior até que o malvado tivesse morrido.
Preparou o seu Filho, segundo a Lei de Deus, para ser o salvador da humanidade. Acompanhou-O sempre em suas missões; a seu pedido Ele fez o primeiro milagre; ouviu as ofensas e promessas de morte lançadas contra Ele por parte dos fariseus e doutore da lei; e quando chegou a hora amarga da Paixão, acompanhou o seu Filho até o Gólgota. Viu-O flagelado, coroado de espinhos, condenado como um fascínora carregando uma cruz; viu-O morrer pendurado no madeiro. Não se deseperou, não desanimou, ficou com Ele até o fim; manteve o seu "sim". Viu seu Filho ressuscitado, vencer a morte e o pecado e nos dar a vida. o "sim" de Maria venceu o "não" de Eva. Façamos o mesmo.

Fonte: blog.cancaonova.com/felipeaquino